Welcome To Desert Point: The Ultimate Surf

Welcome To Desert Point

Tudo começou quando saí do Rio de Janeiro acompanhado pelo fotógrafo Pedro Tojal e sua namorada Tatiana Araújo, que seria a filmmaker oficial da trip, e o freesurfer Ian Cosenza. Na Indonésia, iríamos encontrar os freesurfers Eric  de Souza, Gabriel Sodré e Rafael Paiva, que já estavam por lá há algum tempo.

Fizemos escala em Amsterdam e Singapura até finalmente conseguir chegar na sonhada Ilha de Bali, e assim iniciar a relização do sonho que a maioria dos surfistas no mundo possui, que é pegar os melhores tubos, dar manobras extrapolando os límites e sem medo de errar, pois atrás vem outra onda tão perfeita quanto a sua para repetir tudo. Surfar em lugares paradisíacos e isolados do crowd apenas com a rodeado de seus amigos e natureza já seria suficiente para qualquer trip dos sonhos, mas além disso, a energia do lugar é bem positiva. Geralmente os indonesianos estão sorrindo e felizes, o que já faz parte da cultura deles, muito interessante e diferente da nossa.

A Ilha de Bali, além das ondas perfeitas e praias paradisíacas, possui uma vida diúrna e noturna bem agitada e para todos os gostos. Fácil para você ver e conhecer pessoas de diversas etnias e partes do mundo, ou seja, um lugar que a diversão é garantida em todos os aspectos!

No mesmo dia que chegamos em Bali, olhamos a previsões e fomos à procura da famosa onda de Desert Point, que está localizada logo em uma das ilhas vizinhas, chamada Lombok. Já de frente para a onda, me deparei com o mar praticamente flat e fiquei meio frustrado, mas como era a minha primeira vez por lá, eu não tinha noção de que com a mudança da maré tudo iria mudar. Duas horas depois as ondas começaram a aprecer e com elas os tubos, e o melhor de tudo era que o crowd só chegava no dia segunte! (risos) Na água estávamos apenas eu, Ian Cosenza, uns dois australianos e o famoso “Mr. Desert”.

Logo no meu primeiro tubo, perdi a noção de quanto tempo permaneci passeando lá por dentro. Mesmo sem ter conseguido sair, depois dessa onda percebi que acabava de realizar o sonho de surfar uma das melhores esquerdas do mundo e aquela era apenas a primeira onda… a viagem estava só começando!

Depois do surf, tive o prazer de conhecer vários locais muito amigáveis, principalmente os caras do “Grower Warung”, que tratavam a galera como se fossemos da família e sempre estavam amarradões com a nossa vibe. Ficamos dormindo nas cabanas de frente para a onda de Desert por uns nove dias. Depois desse tempo por lá, aquela virou a nossa principal base de surf. Ainda voltei para Desert mais umas seis vezes, geralmente só retornavamos para Bali durante os dias que não havia uma boa previsão de swell e assim aproveitavamos para lavar roupas, arrumar pranchas e, como a rapaziada dizia, “tirar o atraso!”. (risos) Mas logo que aparecia alguma previsão interessante de swell, olhávamos os mapas e as melhores condições para cada lugar e decidíamos o nosso próximo destino.

Nessa trip, passei pelas Ilhas de Lombok, Sumbawa, Sumatra e Guili Island. Com certeza peguei as ondas mais perfitas da minha vida! Foram inúmeros tubos inesquecíveis e ondas indescritíveis, novos e bons amigos, e situações que ainda estou aprendendo a lidar. Absorvi informações em novas culturas e costumes e, principalmente, sinto que depois de tudo que vivi durante esse tempo viajando me fez evoluir como surfista e como pessoa.

Só sei que no final de tudo troquei minha passagem quatro vezes e acabei ficando praticamente seis meses por lá! Por que será? (risos) Mas como varios amigos já tinham me prevenido, depois da primeira vez que você toma a vacina da “IndoDreams”, com certeza vai tentar retornar todos os anos e ficar o máximo de tempo possível no paraíso! Se Deus quiser, estarei lá novamente ainda este ano.

Agradecimentos especias para minha família, todos os amigos, e principalmente nosso eterno “saudara”, Rafael Paiva, que iluminou essa trip e a todos que dela participaram. Obrigado pelos ensinamentos e por ter feito parte de nosas vidas, um dia todos nos reencontraremos aí pelo paraíso. Fica na paz, Garrafa, até!

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