Visitando o vulcão Merapi e o templo Borobudur

Templo budista de Borobudur. Essa saia aí que estou usando é um “sarong” e só se entra nos templos da Indonésia assim.

Depois de quase duas semanas direto em Desert Point arrumei minhas malas e parti para ilha de Java. Na verdade essa decisão não aconteceu de uma hora para outra. Meus amigos Guilherme Sodré, Bruno Santos, Ian Cosenza e o fotógrafo Ricardo Borghi com sua namorada Joyce estavam indo para lá surfar e registrar umas ondas novas e me chamaram por telefone de Bali. Confesso que no momento fiquei na dúvida pois me daria maior trabalho sair de Lombok (ilha onde fica Desert) para chegar em Java no mesmo dia e encontrar com os moleques no aeroporto, mas acabei decidindo ir.

O lugar é irado, bonito pra caramba e as ondas são maneiras. Provavelmente não são ondas tão perfeitas visualmente como estamos acostumados na Indonésia mas sem dúvida valeu a ida. Conheci um lugar novo, peguei boas ondas e tomei umas Bintangs (cerveja mais conhecida da Indonésia) com os camaradas nos finais de tarde. Nada mal né?!

Depois de uns quatro dias nesse ritmo a galera decidiu partir de volta para Bali. O Ian e o Bruninho tinham que voltar porque estavam inscritos no campeonato que rola todo ano em Padang Padang e o Guilherminho teve que ir para aproveitar seus últimos dias em Bali antes da sua volta para o Brasil. Como eu, o Borghi e a Joyce não tínhamos nenhum compromisso, decidimos ficar para fazer uns passeios turísticos numa cidade próxima chamada Yog Jakarta.

Na real, desde o momento que eu cheguei no aeroporto e fiquei sabendo desses passeios, fiquei na pilha de fazer. Como normalmente nas trips de surfe a gente acaba ficando o tempo todo atrás de onda, muitas vezes deixamos de conhecer vários pontos turísticos que são alucinantes. No Peru por exemplo, eu já fui umas 9 vezes e não conheço Machu Pichu. Enfim, isso acaba sempre acontecendo, e dessa vez decidi aproveitar a oportunidade. O Borghi e a Joyce também estavam pilhadaços e não deu outra. Ficamos por mais dois dias na cidade para dar esse rolé.

Escolhemos dois pontos turísticos para visitar. O primeiro foi o vulcão Merapi. Acordamos cedo, pegamos um táxi e fomos direto para lá. Confesso que esse passeio deixou muito a desejar. Criamos maior expectativa diante das fotos que vimos e quando chegamos lá não era nada daquilo.

Esse vulcão entrou em erupção em 2006 e 2010 e deixou vários estragos. Varias casas, carros, motos foram destruídos pelas lavas. Diversos animais e cerca de trinta e seis pessoas também morreram. Perguntei para o motorista do taxi porque que aquelas pessoas continuavam a construir casas ali um pouco abaixo do vulcão e ele disse que elas não tinham outra opção, a maioria era de gente bem pobre.

No final das contas alugamos duas motos e demos uma voltinha ali por baixo, mas não tinha nada de muito interessante além de motos e carros destruídos e túmulos das pessoas que morreram ali. Como não tinha nenhum caminho que levava a algum lugar mais próximo do topo, decidimos partir.

O outro passeio escolhido por nós e o que mais me atraiu foi o templo budista de Borobudur. Demos outro role de taxi para chegar até lá e tivemos que pagar uma entrada de 20 dólares, que pode parecer pouco, mas aqui na Indo é dinheiro pra caramba. Há mais de 100 anos um cara descobriu as ruínas desse templo no meio de uma montanha. Hoje o templo já teve duas reformas, ganhou um parque grande a sua volta e é patrimônio da UNESCO.

Segundo o panfleto com as informações, aquele era um lugar para meditar e ficar em silêncio. Esse passeio foi mais maneiro do que o outro com certeza. O templo é meio grande, construído com duas milhões de pedras e em todas as paredes, milhares de imagens esculpidas contando uma história que eu não consegui decifrar, mas mesmo assim curti. Tiramos algumas fotos, curtimos o visual e decidimos partir.

No final das contas, os dias em JogJa (maneira como as pessoas abreviam o nome Yog Jakarta) valeram a pena. Agora estou no quarto do hotel decidindo qual será meu novo destino aqui na Indo. Até o próximo post galera!

Abraço!

Diario de Bordo: Indonésia 2012