Ipanema ruim é que é bom!

Marcos Sifu em um Rodeo Flip, manobra considerada por muitos aerialistas, incluindo ele, como uma das mais difíceis de se voltar. Foto: Luiz Blanco


Esse foi mais um dia típico de Ipanema que consegui fazer umas fotos com o Sifu. E não existe palavra melhor pra definir um dia típico aqui do que: indefinição.

Entre tubos que fecham do Leblon ao Arpoador, até marolas de vala para os dois lados, uma das praias mais famosas, charmosas, e mais algumas outras osas do Brasil, até que tem seus dias de surf. Mas não conte muito com isso… Netuno não bate ponto no posto 9 como fazem a maioria dos jovens da Zona Sul.

Quando fundo, ondulação e vento se encaixam perfeitamente, é aí que não dá onda, deixando frustrados e confusos os que olham e confiam na previsão. Ipanema, basicamente, dá onda quando não se espera, quando o fundo está ruim, a ondulação meio torta, e nem sempre quando o vento está certo (os melhores dias costumam ser aqueles nublados e sem vento).

Em dias que ninguém espera ou aposta nada, tem um fundinho onde encaixam alguns tubos ou aquela junção que todo aerialista adora. Ipanema é bom quando está meio ruim, perto da beira e fechando, aí sim dá pra encontrar várias ondas curtas que acabam valendo por algumas longas, com a vantagem de não ter aquela remação para voltar ao pico.

Ipanema é um pico diferente, talvez mais fotogênico do que realmente surfável, só não conta pra ninguém que quando menos se espera, é ali que está a diversão!


Para mais do trabalho de Luiz Blanco, acesse seu site e também seu Flickr.

Surf